sábado, 15 de fevereiro de 2014

Devaneio nº 2.

A vida é tão bonita nesses aspectos.
Não posso dar-me ao luxo
de deixá-la passar sem registro.
Tomo um pouco que seja desse suco,
refrescante, vigoroso, alucinógeno.
Eventualmente, um ou outro tempero cai na taça.
De alguns não me esqueço do sabor.
Com açúcar, com afeto, a vida fica... doce.

    Cheers! Gostei desse, encorpado.
    Desses que pegam na boca.

Não sou vivo, tampouco poesia.
Sou só poeta.
A poesia está aí,
perambulando à própria sorte e sabor.
Vou atrás dela e, às vezes, ela a mim.

    Tem um sabor diferente
    no último gole.

Como veio você!
Que estava ali
e, de repente, aqui estava,
exalando flores e rimas,
onde qualquer um veria poesia.

    A minha já se foi.
    Outra taça, meu bem?

E o que virou nosso
foi o sabor da fruta mordida,
a sorte de um tranquilo amor,
as flores, as rimas, o açúcar,
o afeto, o doce, a vida.

    Delicioso. Mais?
    Certo, vamos para a cama, então.

2 comentários:

  1. Muito bom, Paiva. São palavras refrescantes. Aguardo pelos próximos!

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    1. Obrigado! Refrescaram-me também, pois matei a sede.

      Pode aguardar!

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